quarta-feira, 28 de setembro de 2016


 “O que tira a mente do momento presente, é o desejar compulsivo. O desejo está intimamente relacionado com a sua história, com o seu passado e com as feridas do seu corpo emocional, que atuam como buracos que você tenta preencher através de coisas e fatos. Você deseja uma coisa, consegue-a e se sente preenchido. 

Porém, esse preenchimento dura muito pouco, porque você tenta preencher um buraco interno com algo de fora, e isso não é possível. O máximo que você consegue é viver, por alguns momentos, a ilusão de que esse seu buraco foi preenchido. Mas ele somente pode ser preenchido de dentro para fora, quando você se harmoniza com o seu passado, aceitando-o. Para que o desejar compulsivo possa ter fim é preciso olhar de frente para a raiz do desejo. Quem em você deseja? E para que? Quando o desejar é instalado, ele se torna um vício, e então somente um exercício de plena atenção poderá interromper o fluxo do desejo. 

Procure estar constantemente atento a si mesmo, colocando-se por inteiro na ação. De instante a instante, olhe para si mesmo e interrompa o fluxo do desejo que se manifesta através do pensamento compulsivo, passando a focar a sua atenção no momento presente. Pergunte-se: “Onde estou? O que estou fazendo?”. Estas perguntas funcionam como um despertador que ​o​ acorda e ​o​ traz para o momento presente.”​
Sri Prem Baba

quinta-feira, 4 de agosto de 2016



O AGORA

A divisão da vida em passado, presente e futuro é uma construção da mente, e é ilusória. Passado e futuro são formas-pensamento, abstrações mentais.
O passado só pode ser lembrado AGORA. E o que você lembra é um fato que então aconteceu no AGORA e do qual você se lembra AGORA. E o futuro, quando chega, é AGORA.
Portanto, a única coisa real, a única coisa que sempre existe, é o AGORA.
Quando o AGORA é a base e o foco principal da sua vida, ela flui com facilidade.
Sinta a vida em seu corpo – isso enraíza você no AGORA.
Enquanto não se responsabilizar por este exato momento - O AGORA - você não estará assumindo qualquer responsabilidade por sua vida, e não estará em harmonia com ela.
O AGORA É O ÚNICO ESPAÇO EM QUE A VIDA PODE SER ENCONTRADA.
Quando você passa a dar atenção ao AGORA, cria-se um estado de ATENÇÃO. É como se você acordasse de um sonho, o sonho do pensamento, do passado e do futuro, do que não é.
Então, já não sobra lugar para se inventar problemas, pois só há este momento, tal como ele é.
Ao concentrar a sua ATENÇÃO no AGORA, você se dá conta de que a vida é SAGRADA. Há algo de SAGRADO em tudo o que você percebe, quando se encontra no presente. Quanto mais viver no AGORA, mais sentirá a profunda alegria de SER e a natureza SAGRADA DA VIDA.
A maior parte das pessoas confunde o AGORA com O QUE ACONTECE no agora. Mas o AGORA não é isso. O AGORA é bem mais profundo do que qualquer conteúdo que nele ocorra. O AGORA é o ESPAÇO, o CONTEXTO no qual tudo acontece.
Tendemos a ignorar o óbvio: - o sentido mais profundo de ser não tem nada a ver com o que acontece na vida, nada a ver com o conteúdo da vida.
O sentido de ser, do EU SOU, está intimamente ligado ao AGORA.
Na infância e na velhice, na saúde e na doença, no sucesso e no fracasso, o EU SOU, o ESPAÇO do AGORA permanece imutável no nível mais profundo. Mas como costumamos confundi-lo com o que acontece em nossa vida, sentimos o EU SOU ou o AGORA de forma muito tênue e indireta, através do conteúdo da nossa vida. A percepção da real natureza do Ser fica obscurecida pelas circunstâncias, pela corrente de pensamentos e pelos inúmeros fatos que ocorrem no mundo à nossa volta. Assim, O AGORA FICA ENCOBERTO PELO TEMPO.
No entanto, é tão simples lembrar a verdade e, dessa forma, voltar às
origens! Tudo o que existe, existe no AGORA. Tudo o que é, é AGORA.
Eu SOU o ESPAÇO em que todas as coisas acontecem.  
SOU A CONSCIÊNCIA, O AGORA.
                                                                                                                          Eckhart Tolle 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Encerramento CCA 1º/2016

Mais uma turma que, em busca de paz e amor, encontrou na prática da Cura das Atitudes uma abertura para o entendimento das crenças que bloqueavam esses sentimentos. 

Num ambiente acolhedor e livre de julgamentos foi possível constatar que há escolha entre a paz e o conflito, o perdão e a culpa e o amor e o medo.

A alegria de todos reflete-se nesse encontro de encerramento, que ao mesmo tempo marca o início de uma nova jornada para o grupo, dessa vez com a certeza de que podem escolher a felicidade.
    

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Glênio Bianchetti
Deus segundo Spinoza  
(adaptação de "Deus Falando com Você")

Para de ficar rezando para algo fora de ti, e batendo no peito! O que quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes a tua vida. 
Quero que te alegres, cantes, te divirtas e desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pare de ir a esses templos obscuros e frios que tu mesmo construístes e que acreditas sejam a minha casa. Minha morada está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Ali é onde Eu vivo e ali expresso o Meu amor por ti.Pare de Me culpar por tua vida miserável - Eu nunca te disse que há algo mal em ti ou que és um pecador, ou que tua sexualidade seja algo mau. Através dela podes expressar teu amor, teu êxtase.
Não Me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Para de ficar lendo escrituras que podem nada ter a ver Comigo. Se não podes Me encontrar em um amanhecer, em um pôr do sol, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filho... não Me encontrarás em nenhum livro!
Confia em Mim e para de Me pedir coisas. Nada sabes. Vais me dizer como fazer o Meu trabalho?
Para de ter tanto medo de Mim! Não te julgo, nem te critico, nem fico irado, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro Amor.
Para de sentir culpado e de Me pedir perdão. Acredita que não há nada a ser por Mim perdoado.
Se Eu te fiz... e te permiti ser cheio de paixões, de limitações, de prazeres, de desejos, de necessidades, de incoerências, e se te dei livre-arbítrio, como Eu poderia te culpar, se respondes a algo que permiti que em ti esteja? Como Eu poderia te castigar por seres como és, se sou Eu Quem te criou?
Esquece qualquer tipo de mandamento, de regra ou lei que creias seja Minha - podem ser artimanhas para te manipular, para te controlar, e que só geram culpa em ti.
Respeita sempre o teu próximo e nunca faças a ninguém o que não queiras para ti. 
A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida, que teu estado de alerta seja o teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio necessário para o paraíso. Esta vida é o que há neste momento para ti, aqui e agora, o único de que que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Ninguém traz consigo um placar ou um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te direi sobre o que há depois desta vida, mas posso te dar um conselho: vive como se esta fosse tua única oportunidade de aprender, de amar, de existir. Assim, terás aproveitado a oportunidade que te dei.
E tem certeza que não perguntarei se te comportastes bem ou mal. Eu perguntarei se te alegrastes... do que mais gostastes? O que aprendestes?
Por favor, para de crer em Mim, quero que Me sintas em ti! Quero que Me sintas em ti quando beija tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando te banhas no mar.
Para de Me louvar! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Nada Me acrescenta o teu louvor. Tu te sentes grato? Então demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, e cuidando do mundo à tua volta!
Essa é a maneira certa de Me louvar.
Para de complicar as coisas, inventar regras e repetir o que pretenderam te ensinar sobre Mim.
Tu, o que sabes, é que estais aqui, que estais vivo, e que este mundo se te apresenta cheio de maravilhas. Para que precisas de milagres? Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não Me acharás.
Volta-te para dentro ti.
Procura-Me dentro... aí é onde estou, pulsando em ti! 



quinta-feira, 9 de abril de 2015


PRATICANDO A CURA DAS ATITUDES


Efetivamente, a Cura das Atitudes:

- Começa quando decidimos olhar para os nossos medos, culpas, raivas e dores com compaixão e sem julgamento.

- É o processo de abandonar pensamentos e atitudes cheios de dor, medo ou culpa.
Deste modo, apenas o amor permanece.

- Ajuda-nos a nos sentirmos em paz e a ouvir a nossa orientação interior.

- Diz-nos que nossos sentimentos de mal-estar ou mágoa, de paz ou alegria, não são causados por pessoas ou eventos fora de nós mesmos, mas somente pela nossa própria escolha de pensamentos e atitudes sobre aqueles eventos ou pessoas.

- Depende de uma fonte de Amor maior do que a dos nossos seres individuais, e que é a força curativa mais importante no mundo.

- Afirma que somos responsáveis pelos nossos pensamentos e por qualquer tipo de sentimento que experimentamos.

- Lembra-nos de que a percepção que temos é um espelho do que existe em nossa mente.

- Permite que nos vejamos como seres espirituais, ao invés de apenas físicos, reconhecendo que o propósito do nosso corpo é a experiência e a comunicação, sendo o propósito da experiência o aprendizado, e o da comunicação, a união.

- Afirma que podemos vivenciar a paz interior como nossa meta prioritária, e que seu atingimento passa pelo aprendizado do perdão. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

"Do que parecia ser um mal, muita coisa boa resultou. 
Mantendo-me calmo, nada reprimindo, permanecendo atento e aceitando a realidade - vendo as coisas como elas são e não como eu gostaria que fossem.
Ao fazer tudo isso, eu adquiri um conhecimento incomum, assim como poderes invulgares, de uma amplitude que jamais poderia ter imaginado. 
Sempre pensei que quando aceitamos as coisas, elas nos sobrepujam de um modo ou de outro. Resulta que isso não é verdade em absoluto. É somente aceitando as coisas, que poderemos assumir uma atitude em relação a elas.
Por isso, quero agora fazer o jogo da vida, ser receptivo a tudo que me chegar, de bom ou de mau, sol e sombra alternando-se eternamente; e dessa forma aceitar também a minha própria natureza, com seus aspectos negativos e positivos. Assim, tudo se tornará mais vivo para mim.
Que insensato eu fui... como me esforcei para forçar todas as coisas a se harmonizarem com o que eu pensava que deveria ser."

Carl Gustav Jung